segunda-feira, 27 de junho de 2011

Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens

Dados de 2007 revelam que o número de partos entre jovens de 15 e 19 anos representa 23% do total de partos realizados. Em relação ao atendimento por agressões e maus tratos no mesmo ano, cerca de 19% dos atendimentos foram em relação às adolescentes entre 10 a 19 anos (dados da Vigilância de Violências e Acidentes - Viva). Em uma análise dos casos de AIDS identificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2000 a 2006 eles representam 80% dos casos. Esses são apenas alguns dos exemplos de agravos aos quais adolescentes e jovens estão sujeitos.

Devido à necessidade de ações específicas para reduzir a prevalência desses índices no público juvenil, o Ministério da Saúde, por meio da Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem (ASAJ/SAS*), elaborou as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos e de Enfermidades e na Assistência. O documento foi aprovado na última reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2009 (dezembro). "Embora exista a ideia de que adolescentes e jovens não precisem visitar os serviços de saúde, por serem pessoas saudáveis, esse pensamento precisa ser modificado; os dados já mostram isso", explica a coordenadora da área técnica, Thereza de Lamare.

Com o documento pronto, a área técnica deve promover oficinas nos estados para divulgar as Diretrizes. A medida servirá para aprimorar o atendimento em saúde voltado para esse público. Hoje, o(a) adolescente atendido(a) na rede de saúde recebe a Caderneta de Saúde de Adolescentes, com o objetivo de dar continuidade ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento iniciado na infância, além de prover informações importantes para o autocuidado. Em 2009, foram distribuídas 4,1 milhões de cadernetas pelo país.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DIABETES: É POSSÍVEL CONVIVER BEM COM ELA

DIABETES: É POSSÍVEL CONVIVER BEM COM ELA
Você pode nascer com diabetes ou desenvolvê-la ao longo da vida e, por isso, passar a ter uma série de restrições alimentares.Mas pacientes com a doença provam que é possível, sim, conviver com ela de forma natural,se não deixar de lado os cuidados necessários para o tratamento. Hoje, Dia Nacional e Mundial do Diabetes, o alerta vai para quem tem a doença, mas não a controla. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 5,8% da população com 18 anos ou mais tem diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas. Também conhecida como diabetes mellitus, essa é a forma da doença que pode ser evitada, mas, muitas vezes, não é, como explica a enfermeira Cláudia Ruas Alves, que é referência técnica em Diabetes da Prefeitura de Vitória. "Alimentação rica em gordura, ausência de atividade física e obesidade são os principais fatores de risco para a diabetes tipo 2, que atinge, inclusive em crianças", diz. Prova de que os cuidados básicos são essenciais é o paciente Gentil Afonso dos Santos, que, aos 56 anos, faz questão de manter as caminhadas diárias e andar sempre de bicicleta. "Pode parecer pouco, mas eu melhorei muito o controle da glicose", conta ele, que participou, ontem, de uma série de palestras promovidas pela Associação de Diabéticos de Vila Velha. Doença não é empecilho. Há sete anos, o jovem Diego Fundão Albuquerque, 20 anos, descobriu algo que mudaria a sua vida para sempre. "Tenho diabetes tipo 1, herdada dos meus avós, que também eram diabéticos. Desde novo aprendi a conviver com restrições e a me cuidar muito", conta. A doença, porém, nunca foi empecilho para o trabalho e os estudos. Pelo contrário: Diego, atualmente, tem dois empregos, faz faculdade de Administração de Empresas e não deixa de frequentar a academia. "Tenho uma vida normal e muito saudável", diz ele, que mora em Vitória.
Tipos: o diabetes tipo 1 é genético e provocado por uma destruição das células que produzem a insulina. Já o diabetes tipo 2 é adquirido por maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade e excesso de alimentos calóricos e ricos em açúcar
Diagnóstico: o primeiro exame feito para diagnosticar a doença é o de glicemia capilar (teste de glicose). Em Vitória, pode ser feito gratuitamente em todas as unidades de saúde.
Tratamento: varia de acordo com o tipo de diabetes e o perfil do paciente. Em geral, o diabético necessita tomar uma dose diária de insulina, além de não poder comer doces e outros alimentos.
Sintomas: cansaço, emagrecimento repentino, sede excessiva e dificuldade de cicatrização.
Consequências: a falta de tratamento pode levar a complicações, como cegueira, insuficiência renal e derrames.
Superação "O segredo é controlar a doença".
Receber a notícia de que você é diabético não é agradável para ninguém. Imagine o que é ter de tomar remédio, alguns injetáveis, todos os dias, pelo resto da vida, e ter de fazer um controle rígido da alimentação. Doce, nunca mais. Se para um adulto é ruim, para um garoto de 13 anos é ainda mais complicado. Foi esse o meu caso: me descobri diabético em 1999, em plenas férias de verão. Comecei a sentir cansaço em excesso. Minha ficha só caiu quando meu médico me disse que eu precisaria tomar insulina todos os dias. Apoio da família e dos amigos é, sim, muito importante, mas o primordial é encarar o problema. O segredo é manter o diabetes controlado. Para isso, atividade física, alimentação correta, remédios de qualidade e controle diário da glicemia são fundamentais."
Monumentos em azul para lembrar a data. Oitenta monumentos e edifícios do país - entre eles o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a Fonte da Torre de TV, em Brasília - estarão iluminados com a cor azul, hoje, para marcar o Dia Mundial e Nacional do Diabetes. Como slogan "Controle o diabetes já!", a iniciativa quer chamar a atenção dos brasileiros para a importância dos cuidados que podem ajudar a prevenir e tratar a diabetes tipo 2.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Qual é o seu peso, ele esta ideal?

PESO IDEAL
Para verificar se o seu peso está saudável, calcule o seu IMC (Índice de Massa Corporal) e confira, no quadro abaixo, qual o seu estado nutricional. Para calcular, divida o seu peso, em quilogramas, pela sua altura, em metros, elevada ao quadrado. O cálculo é válido para pessoas com idade entre 20 e 60 anos.

                   P (peso)
IMC = _______________
         A2 (altura x altura)


IMC (kg/m²)
Estado Nutricional
Menor que 18,5
Você está com baixo peso
18,5 a 24,99
O seu peso está adequado
25 a 29,99
Alerta: sobrepeso
Maior que 30
Alerta: obesidade

Fonte:http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29922&janela=1

Prevenção do Câncer com alimentação saudável!

Alimentação de risco
Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre outros.

Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.

Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos.
Cuidados ao preparar os alimentos
O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Tente adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5 g de sal ou 2 g de sódio por dia, ou seja, o equivalente a uma tampa de caneta cheia. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.Fibras x gordura
Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.
Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais freqüentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal.

Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado.

Como prevenir-se
Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.
Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados. O índice de massa corporal (IMC) do adulto (20 a 60 anos) deve estar entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC entre 25 e 29,9 indica sobrepeso. Com IMC acima de 30 a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Veja a fórmula.
peso
IMC
= ------------------(altura x altura)
Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, portanto, devem ser consumidos com freqüência.

Hoje já está estabelecido que uma alimentação rica nesses alimentos ajuda a diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon, reto, estômago, boca, faringe e esôfago. Provavelmente, reduzem também o risco de câncer de mama, bexiga, laringe e pâncreas, e possivelmente o de ovário, endométrio, colo do útero, tireóide, fígado, próstata e rim.

As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.

A tendência cada vez maior da ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos através dos alimentos, o uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável para prevenção do câncer.

Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o uso do arroz com feijão.


Como se alimenta o brasileiro
No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.

Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa (1 em cada 3 entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. Em 2006, 71,9% da população revelava comer o grão ao menos cinco vezes na semana. Em 2010, a média caiu para 65,8%. No estado do Rio, a média de consumo do feijão ainda é alta: 71,7%. A queda na média nacional pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa e o feijão tem preparo demorado. O consumo de gorduras é mais elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.
Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias. Apesar de o mercado oferecer cada vez mais versões com menos açúcar, como os diet e os light , somente 15% dos brasileiros optam por eles. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. O consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, tem aumentado, mas ainda é baixo. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, 30,4% da população com mais de 18 anos comem frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana. Entre os entrevistados, 18,9% disseram consumir cinco porções diárias (cerca de 400 gramas) desses alimentos, mais do que o dobro do percentual registrado em 2006.
Fonte:http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=18

domingo, 29 de maio de 2011

Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) no SUS!

Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT)

Há uma década, a Organização Mundial da Saúde (OMS) - http://www.who.int/health-topics/tb.htm -  declarou a tuberculose (TB) em estado de emergência no mundo, sendo ainda hoje a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos. Segundo estimativas da OMS, dois bilhões de pessoas correspondendo a um terço da população mundial, está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Destes, 8 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano. O Brasil ocupa o 15º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Estima-se uma prevalência de 50 milhões de infectados com cerca de 111.000 casos novos e 6.000 óbitos ocorrendo anualmente.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/MS), são notificados anualmente 85 mil casos novos (correspondendo a um coeficiente de incidência de 47/ 100.000 habitantes) no Brasil. São verificados cerca de 6 mil óbitos por ano em decorrência da doença. As metas internacionais estabelecidas pela OMS e pactuadas pelo governo brasileiro são de descobrir 70% dos casos de tuberculose estimados e curá-los em 85%. A tuberculose ainda é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. Está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes. O surgimento da epidemia de AIDS e o aparecimento de focos de tuberculose multirresistente agravam ainda mais o problema da doença no mundo.

Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) está integrado na rede de Serviços de Saúde. É desenvolvido por intermédio de um programa unificado, executado em conjunto pelas esferas federal, estadual e municipal. Está subordinado a uma política de programação das suas ações com padrões técnicos e assistenciais bem definidos, garantindo desde a distribuição gratuita de medicamentos e outros insumos necessários até ações preventivas e de controle do agravo. Isto permite o acesso universal da população às suas ações.
A criação da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) na estrutura do Ministério da Saúde (MS) veio reestruturar o combate à tuberculose uma vez que uniu todas as ações de vigilância, controle e prevenção, possibilitando a integração entre os vários programas. Desde o lançamento, em 1996, do Plano Emergencial para o Controle da Tuberculose, o Ministério da Saúde recomenda a implantação da Estratégia do Tratamento Supervisionado (DOTS), formalmente oficializado em 1999 por intermédio do PNCT. Esta estratégia continua sendo uma das prioridades para que o PNCT atinja a meta de curar 85% dos doentes, diminuindo a taxa de abandono, evitando o surgimento de bacilos resistentes e possibilitando um efetivo controle da tuberculose no país.

Além da adoção da estratégia do tratamento supervisionado, o PNCT brasileiro reconhece a importância de horizontalizar o combate à TB, estendendo-o para todos os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, visa a integração do controle da TB com a atenção básica, incluindo o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa de Saúde da Família (PSF) para garantir a efetiva ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento. Além disto, o PNCT enfatiza a necessidade do envolvimento de organizações não governamentais (ONGs) e de parcerias com organismos nacionais (Universidades, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e internacionais de combate à TB. Por intermédio destas colaborações e parcerias, o PNCT visa o sinergismo e multiplicação do impacto de suas ações de prevenção e controle da TB.

*Tratamento supervisionado: é um dos cinco elementos que compõem a estratégia DOTS, recomendada pela OMS, quais sejam: vontade política, garantia da baciloscopia, aquisição e distribuição regular de medicamentos, tratamento diretamente observado, regular sistema de informação.

TABAGISMO PASSIVO, VC JÁ PAROU PARA PENSAR...

Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.

2 - Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.

3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.

Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987). Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=passivo&link=tabagismo.htm

REDE CEGONHA - SUS

Rede Cegonha é a principal estratégia para redução de mortes maternas


Ampliação do acesso e qualificação dos cuidados materno-infantil serão reforçados pelo governo federal. Brasil já avançou nas estatísticas: óbitos maternos reduziram 56% dos últimos 18 anos

No Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorado neste sábado (28), o Ministério da Saúde destaca a importância da estratégia Rede Cegonha, uma rede de cuidados materno-infantil, que prevê medidas de fortalecimento da rede de assistência e a progressiva redução da mortalidade materna. A estratégia é composta por um conjunto de ações que visam o atedimento adequado, seguro e humanizado para todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nos últimos 18 anos, o número de óbitos maternos caiu 56%.
“A ampliação do acesso aos cuidados hospitalares, com acompanhamento das mulheres antes, durante e após o parto é um dos fatores primordiais que levam à redução das mortes maternas”, explica o diretor do

Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Dario Pasche.
A Rede Cegonha prevê assistência integral às mulheres desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida. O governo investirá R$ 9,4 bilhões até 2014 para qualificar toda a rede de assistência obstétrica, bem como a infantil, numa atuação integrada com as demais iniciativas para a saúde da mulher no SUS, com foco nas cerca de 61 milhões de brasileiras em idade fértil.

AVANÇOS - As mortes por complicações durante gravidez, parto e puerpério já vêm diminuindo no Brasil. Nos últimos 18 anos, houve redução de 56% de óbitos maternos. Além disso, entre 1990 a 2007, todas as causas específicas de morte materna diminuíram: por hipertensão 63%, hemorragia 58%, infecções puerperais 47%, por aborto 80% e por doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou puerpério 51%. Hoje, 98% dos partos no Brasil são realizados em hospitais e 89% por médicos.
“Com a Rede Cegonha, o objetivo é avançar ainda mais nesta estatística. Nos postos de saúde, será introduzido o teste rápido de gravidez. Confirmado o resultado positivo, será garantido um mínimo de seis consultas durante o pré-natal, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A introdução do teste rápido, inclusive para detectar HIV e sífilis, também será novidade para reforçar o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento”, afirma Pasche.

REDE – A qualificação da atenção compreenderá a criação de novas estruturas de assistência e acompanhamento das mulheres e reforço na rede hospitalar convencional, com o mote “Gestante não Peregrina”; ou seja, a garantia de sempre haver vaga para gestantes e recém-nascidos nas unidades de saúde.

Entre as novas estruturas estarão as Casas da Gestante e do Bebê, que dará acolhimento e assistência às gestantes de risco, e os Centros de Parto Normal, que funcionarão em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento. A rede hospitalar obstétrica de alto risco também será fortalecida, com ampliação progressiva da quantidade de leitos na rede SUS, de acordo com as necessidades apresentadas pelos municípios.

A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Serão capacitados os profissionais de saúde que atuam tanto na atenção primária como em serviços de urgências obstétricas.

ABRANGÊNCIA – O cronograma de implantação da rede prioriza as regiões da Amazônia Legal e Nordeste – que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil – e as regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes. As ações de saúde previstas na Rede Cegonha serão executadas pelos estados e municípios – na lógica da descentralização do SUS – que deverão aderir às estratégias nacionais para o recebimento dos recursos reservados pelo Ministério da Saúde.

sábado, 28 de maio de 2011

Vacinação gratuita contra hepatite B!

O quantitativo de vacinas compradas para a hepatite B vai ser ampliado em 163%, em 2011. A medida é uma da série divulgada pelo Ministério da Saúde no Dia Mundial do Combate a Hepatites Virais (28 dejulho). Atualmente, a faixa etária que recebe a vacina vai até 19 anos e, com a mudança, jovens e adultos de 20 a 24 anos também poderão se imunizar a partir do próximo ano. Em 2012, atingirá também a faixa dos 25 a29 anos. Para aumentar a oferta de vacinas,nesta primeira etapa serão adquiridas 54 milhões de doses a mais para hepatite B, comparandocom o ano anterior. O quantitativo perfaz um total de 87 milhões de doses a serem utilizadasem 2011.Para a redução da transmissão vertical do vírus da hepatite B, até o próximo ano, também será intensificada a oferta de triagem sorológica a todas as gestantes que fazem o pré-natal no SUS, e todos os recém-nascidos de mães portadoras da doença receberão profilaxia – vacina e imunoglobulinas contra a hepatite B.
“Esta data é um momento de mobilização, reflexão e disseminação de informação entre a sociedade, pesquisadores, profissionais de saúde que lidam com essa questão e o Estado, evidentemente. Os números de casos confirmados de hepatites no Brasil apontam a necessidade de que intensifiquemos ações”, ressaltou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Para fortalecer a atuação da sociedade civil organizada em relação às hepatites virais, publicou- se edital em prol de ações de enfrentamento das hepatites, de forma a melhorar a articulação do setor com os serviços do SUS, estimular o diagnóstico precoce e promover mobilizações comunitárias.
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/revistas/revista_saude_familia27.pdf

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CADASTRO DOS FUNDOS DE SAUDE!

Até 30 de junho, municípios devem regularizar cadastro de fundos de saúde


Medida cumpre informe apresentado na reunião Tripartite, de 28 de abril. Regularização é necessária para manter recebimento de recursos federais

De acordo com informe apresentado na 3ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, em 28 de abril deste ano, os municípios que recebem recursos na modalidade fundo a fundo do Ministério da Saúde, terão prazo de 60 (sessenta) dias a vencer em 30 de junho de 2011, para regularização do cadastro dos seus respectivos Fundos de Saúde perante a Receita Federal do Brasil, conforme Instrução Normativa RFB/1.005/2010 e Instrução Normativa RFB/1.143/2011.

Os municípios que não apresentam Fundo de Saúde regularizado junto a Receita estão, atualmente, impossibilitados de receber recursos do Bloco de Investimentos e de qualquer outra transferência na modalidade fundo a fundo que venha a ser adotada pelo Ministério da Saúde; e a partir de 30 de junho deixarão de receber também toda e qualquer transferência que seja atualmente destinada à cobertura das ações e serviços de saúde, conforme disposto no § único do artigo 4º da lei 8142, de 1990.

O Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) já estão acionando os municípios para apoiá-los no processo de regularização dos cadastros dos Fundos Municipais de Saúde.

A íntegra da Nota Técnica que embasa essa decisão encontra-se disponível no sítio do Fundo Nacional de Saúde (www.fns.saude.gov.br).

FONTE:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfmpg=dspDetalheNoticia&id_area=931&CO_NOTICIA=12624
voltar

GLAUCOMA!!!

26/05/2011 , às 10h01
Glaucoma: SUS registra 3 milhões de atendimentos em mais de oito anos e investimento cresce 300 vezes
No dia nacional de combate à doença, governo comemora avanços na assistência gratuita a pacientes que, se não cuidados adequadamente, podem perder a visão
No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado nesta quinta-feira (26), o Brasil apresenta relevantes avanços na assistência aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com diagnóstico desta doença oftalmológica. De janeiro de 2003 ao último mês de março foram realizados, no SUS, mais de 3 milhões de atendimentos a pacientes com glaucoma, entre exames, consultas e cirurgias. Em oitos anos – de 2003 a 2010, a assistência para estes brasileiros cresceu 145 vezes, saltando de 10.150 procedimentos para 1.472.675. Em oito anos, o investimento do Ministério da Saúde, neste segmento, aumentou quase 300 vezes: passou de R$ 294 mil, em 2003, para R$ 87 milhões.
“Os dados são extraordinários e nos permite comprovar o esforço que o Ministério da Saúde vem fazendo para aumentar o acesso da população, como um todo, ao SUS”, comemora o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Imbuídos desse foco, de busca pelo acesso cada vez maior ao Sistema, é que trabalhamos sob a orientação da presidenta Dilma Rousseff, pela inclusão dos brasileiros e pela erradicação da miséria”, acrescenta o ministro.
Causada pela lesão do nervo óptico e relacionada à alta pressão do olho, o glaucoma pode causar sérias alterações no campo visual e até cegueira. De acordo com estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 1% a 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma, que representa a segunda causa de cegueira no mundo e a terceira no Brasil. Doenças como diabetes, hereditariedade, miopia e lesões oculares são as principais causas do glaucoma.
ASSISTÊNCIA – Na rede pública de saúde, quase dois mil estabelecimentos prestam atendimento oftalmológico gratuito à população, incluindo a assistência para pacientes com glaucoma. Em todo país, 29.311 profissionais de saúde atuam área de Oftalmologia. Deste total, 14.398 trabalham no SUS, garantindo atendimento também a pacientes com diagnóstico de glaucoma.
Ao longo dos anos, foram introduzidas novas medidas de assistência aos pacientes com glaucoma na rede pública de saúde; desde a oferta de colírios até cirurgia, quando necessária. E, desde o ano passado, esse atendimento também é garantido por meio do Aqui Tem Farmácia Popular.
O medicamento maleato de timolol foi incluído na lista dos produtos do programa, desenvolvido em parceria com a rede privada de farmácias e drogarias, cuja oferta de medicamentos e outros produtos garante desconto de até 90% à população. Só nos últimos três meses, a oferta deste colírio aumentou 83,98% nas unidades credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular
PREVENÇÃO – Na rede pública de saúde, uma das principais estratégias de combate ao glaucoma é feito por meio de prevenção às doenças que causam o problema. As ações preventivas permitem a detecção precoce do glaucoma, o que contribuiu para o tratamento mais rápido e adequado.
“O SUS tem, de fato, o que comemorar. O atendimento e o acesso à saúde de muitos brasileiros foram bastante ampliados e os pacientes com glaucoma têm garantido a cobertura assistencial. Isso é muito positivo”, analisa Maria Inez Gadelha, coordenadora de Alta e Média Complexidade do Ministério da Saúde, que reforça a importância da prevenção. “As pessoas precisam estar atentas, buscando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para evitar repercussões graves da doença, como a cegueira”, disse.
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA:
• Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver a doença.
• Os diabéticos e negros são mais propensos a desenvolverem glaucoma de ângulo aberto – em geral, este tipo de glaucoma não apresenta sintomas e o paciente não sente dor e perde lentamente a visão.
• Já os asiáticos têm maior tendência a desenvolverem glaucoma de ângulo fechado, forma da doença em que ocorre um rápido aumento da pressão do olho. Os sintomas podem incluir dores oculares e dores de cabeça intensas, olhos avermelhados.
• A prevalência de doenças oculares que levam ao comprometimento da visão cresce com o avanço da idade. As taxas maiores de cegueira e baixa visão são observadas com o aumento da vida média da população.
• Na população com mais de 50 anos de idade, as principais causas de cegueira são a catarata, o glaucoma, a retinopatia diabética e a degeneração macular (perda da visão no centro do campo visual, a mácula).

Por Izabel Bacelar, da Agência Saúde – Ascom/MS
(61) 3315 6266 e 3315 3580
Fonte:http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfmpg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12668

quinta-feira, 12 de maio de 2011

12 de maio - Dia do Enfermeiro!

GENTE QUE CUIDA DE GENTE
Enfermagem é a arte de cuidar e a ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde. Profissão que nasceu da solidariedade ao próximo, do bem cuidar, exercida em sua maioria por mulheres que muitas das vezes desempenham uma jornada dupla, sendo profissionais ativas, mães, esposas, cuidadoras do lar e acima de tudo mulheres.
No Brasil, o enfermeiro é um profissional de nível superior da área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção e na recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. É um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Na área educacional, exerce a função de mestre, preparando e acompanhando futuros profissionais de nível médio e de nível superior. Dentro da enfermagem, encontramos o enfermeiro, técnico de enfermagem e o auxiliar de enfermagem, com funções diferenciadas, possuindo qualificações específicas.
A categoria apóia o compromisso da gestão pública em trabalhar pela melhoria da qualidade da saúde do município, uma vez que entende que SAÚDE é algo primordial para a vida da população. Todos conhecem as características do trabalho de Enfermagem – convívio com a dor, sofrimento e doença, turnos ininterruptos, sábados, domingos, feriados, compromisso e dedicação nos horários de trabalho e em alguns casos muito além. Um retrato nacional nos preocupa, como: ás más condições de trabalho e pouca valorização que têm levado à insatisfação e adoecimento. Reafirmamos que acreditamos nesta gestão e nos colocamos à disposição como sempre fizemos para o bem de nossa sociedade Douradense. Afinal gente que cuida de gente não merece adoecer por desvalorização profissional.
Cientes dessa realidade alguns representantes da categoria política, estão engajados na aprovação dos projetos de lei para regulamentação da carga horária de 30 horas semanais e do piso salarial da Enfermagem. Na saúde pública, exercem papel relevante, uma vez que desenvolvem a prática do cuidar, assistir, orientar e construir políticas públicas, muitos projetos são viabilizados pelo ministério da saúde e/ou secretária de estado pela competência técnica deste profissional. Sendo assim, gerenciar é uma ação indissociável para o enfermeiro uma característica marcante de nossa profissão nacional e internacionalmente.
Fonte -  AEGD: Associação de Enfermeiros da Grande Dourados MS

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Chá de Folhas de Insulina e o Diabetes!

Essa foi difícil. A Insulina é uma das substâncias mais importantes dentro da Endocrinologia e, ainda hoje, tentamos entender todas as suas funções no corpo humano. A cada dia, são publicados artigos demonstrando novos mecanismos para explicar sua ação, novos efeitos em diferentes órgãos do corpo humano e estudos sobre seu uso para o tratamento de diversos tipos de diabetes. Como poderíamos então encontrar esta substância tão complexa em uma simples folha de planta? Mais do que isso, será que esta Folha de Insulina realmente apresenta a mesma insulina que encontramos no corpo humano?
Para podermos responder estas perguntas, preciso primeiro que todos entendam bem o que é a Insulina. A Insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas humano que é responsável pela regulação dos níveis de glicose do corpo. De uma forma geral, ela ajuda a transportar a glicose do sangue para dentro das células do corpo, onde a glicose é utilizada como fonte de energia. Em situações onde existe um aumento de glicose no sangue (como o que acontece logo após comemos), existe também um aumento da insulina. Quando estamos em jejum, os níveis de insulina ficam mais baixos para prevenir a queda dos níveis de glicose no sangue. Dentre os inúmeros medicamentos utilizados para tratar o Diabetes Mellitus tipo 2, alguns estimulam a liberação de insulina pelo pâncreas, levando a uma queda dos níveis de glicose. Em pacientes com Diabetes tipo1, por outro lado, existe uma destruição das células que produzem insulina e o paciente precisa fazer uso da insulina injetável.
A descoberta da insulina como forma de tratamento do Diabetes é uma das grandes descobertas da medicina do Século 20. Ela foi descoberta em 1922 em Toronto (Canadá) por um grupo de pesquisadores. Nos últimos 70 anos, ela vem sendo constantemente aperfeiçoada, com melhora na sua qualidade, nos dispositivos de utilização e até em sua eficácia. Um dos grandes desafios, entretanto, é referente a forma de utilização da insulina. Embora amplamente pesquisado, a insulina ainda precisa ser utilizada sob a forma injetável, através de injeções subcutâneas. Ainda não foi possível uma insulina que pudesse ser ingerida por via oral (comprimido) e a insulina inalável ainda apresenta limitações, principalmente relacionadas a segurança. Se temos tanta dificuldade assim com a insulina, qual seria o efeito do Chá de Folhas de Insulina sobre os níveis de glicose? Será que estamos falando da mesma insulina?
O nome científico da Insulina Vegetal é Cissus sicyoides L, uma trepadeira também conhecida como anil trepador, uva brava ou cipó-pucá. O nome Insulina Vegetal veio exatamente devido ao seu grande uso pela população para tratamento do Diabetes. As folhas também são empregadas para o tratamento de reumatismo, abscessos e como ativadora da circulação sanguínea. Desta forma, esclarecemos um primeiro conceito importante: a Insulina Vegetal não tem qualquer relação com a Insulina produzida pelas células pancreáticas; esse nome foi dado pela própria população devido ao seu uso disseminado no tratamento do Diabetes.
Agora precisamos determinar se este conhecimento popular é respaldado por conhecimento científico. Isto é, precisamos ver se realmente existem estudos avaliando os efeitos desta planta nos níveis de glicose. E é interessante que, não só estes estudos existem como, em sua grande maioria, foram publicados por grupos de pesquisa do Brasil.
Para começarmos nossa discussão, vamos avaliar primeiro os estudos em modelos animais. O primeiro estudo que encontrei foi publicado em 2001 pelo pesquisador Flávio Beltrame da Universidade Estadual de Maringá. Neste estudo, a utilização de um extrato de Cissus sicyoides L não promoveu melhoras dos níveis de glicose de ratos com diabetes induzido por medicação. Pelo contrário, ele até mesmo levou a uma piora da glicemia. Repetindo as palavras dos autores “os dados, ao contrário do conhecimento popular, não revelaram propriedades antidiabéticas da Cissus sicyoides L”. Existem, entretanto, estudos em animais que apontam para o outro lado. O segundo estudo foi publicado em 2003 por um grupo de pesquisadores de Araraquara. Os autores demonstraram que, em ratos com diabetes, o extrato da “Insulina Vegetal” levou a uma redução dos níveis da glicose. Os mesmos resultados foram encontrados em um estudo de 2004. A pesquisadora Glauce Viana, do Ceará, demonstrou que a utilização de um extrato de Cissus sicyoides L por 07 dias em ratos com diabetes levou a uma diminuição em torno de 25% nos níveis de glicose e também nos níveis de triglicérides. Por outro lado, houve também um pequeno aumento nos níveis das enzimas hepáticas. Estes benefícios sobre os níveis de glicose também foram demonstrados por um grupo de pesquisadores do Japão. Estes efeitos deletérios sobre as enzimas hepáticas não puderam ser explicado pelos autores. Parece, então, que temos algumas evidências bem interessantes em modelos animais de que o Extrato da “Insulina Vegetal” pode realmente levar a uma redução dos níveis de glicose. Mas e quanto a estudos em humanos? Existem estes estudos? O que eles mostram?

Os estudos em humanos são bem mais escassos que os estudos em animais. O único estudo que encontrei foi realizado em 2008 por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba. Como todos podem ver, isso tudo é muito recente. Os autores trataram 14 indivíduos com Intolerância a Glicose (o chamado “Pré-Diabetes”) e 12 indivíduos com diabetes com o Chá da “Insulina Vegetal” por um período de 07 dias. Os autores observaram que, em pacientes com pré-diabetes, houve uma pequena melhora da glicose 02 horas após a ingestão de glicose. Nos pacientes com Diabetes, nenhum efeito sobre a glicemia ou sobre os níveis de insulina foram observados. A principal conclusão dos autores é que são necessários mais estudos para que os reais efeitos da “Insulina Vegetal” no tratamento do diabetes possam ser realmente conhecidos. Vale a pena observar que estudo avaliou apenas pacientes por uma semana. Não consegui encontrar nenhum outro artigo além deste. Uma pena!!
Em resumo, ainda existe muito que aprender sobre a Cissus sicyoides L, o famoso “Chá de Insulina”. O que sabemos hoje é que, embora ele tenha este nome, não tem nada a ver com a insulina que o corpo produz ou que tomamos para o tratamento do diabetes. Parece que esta folha pode realmente ter efeitos benéficos sobre a glicose, mas ainda não conseguimos realmente demonstrar este efeito em humanos. Além disso, também não temos um possível mecanismo para estes efeitos e nem mesmo conhecimento de todos os efeitos colaterais. O que posso dizer aqui é que ele não deve ser utilizado para o tratamento do DM até que mais pesquisas sejam feitas, demonstrando tanto sua eficácia quanto seus possíveis efeitos colaterais.

fonte:http://www.diabetes.org.br/para-profissionais/colunistas-da-sbd/diabetes-na-boca-do-povo/1775-o-cha-de-folhas-de-insulina-e-o-diabetes

domingo, 17 de abril de 2011

Reforma Psiquiátrica no brasil!

14/04/2011 , às 17h53

Brasil comemora dez anos da reforma psiquiátrica com avanços na assistência à saúde mental pelo SUS


Modelo adotado no Sistema Único de Saúde prioriza rede integrada de atendimento aos pacientes. Mais 19 municípios são habilitados no Programa De Volta Para Casa
No mês em que o Brasil comemora a primeira década da lei que formalizou a Reforma Psiquiátrica no país, o Ministério da Saúde apresenta avanços na assistência aos brasileiros com transtornos mentais e habilita mais 19 municípios no programa De Volta Para Casa. As ações previstas no programa estão inseridas em um conjunto de medidas integradas de atendimento, tratamento e amparo aos pacientes com este tipo de diagnóstico médico. A Portaria 769 que habilita os 19 municípios – localizados em cinco estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste – está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14).

O programa De Volta Para Casa foi criado pelo governo federal em 2003 e já beneficia mais de 3,7 mil brasileiros em 614 municípios, que devem solicitar adesão à medida. O programa consiste em um auxílio financeiro mensal (per capita) de R$ 320 para os pacientes que receberam alta hospitalar após um histórico de internação psiquiátrica. Só em 2010, o Ministério da Saúde – coordenador da Política Nacional de Saúde Mental, que é executada pelas secretarias municipais de saúde – investiu R$ 13,8 milhões no programa De Volta Para Casa. Confira, ao final do texto, a relação dos 19 municípios habilitados a receber o benefício.

A REFORMA – Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) avançou na assistência e no tratamento aos brasileiros com transtornos mentais. A reforma psiquiátrica, iniciada há cerca de vinte anos e formalizada pela Lei 10.216/01, impulsionou a construção de um modelo humanizado de atenção integral na rede pública de saúde, que mudou o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento aos pacientes.

Consciente que este é o modelo mais adequado para o cuidado dos pacientes, o governo federal – coordenador das políticas nacionais de saúde – introduziu no SUS novas medidas complementares de tratamento aos brasileiros com transtornos mentais, inclusive a dependentes químicos, sem desconsiderar a assistência hospitalar para os casos em que o diagnóstico médico demanda tratamento medicamentoso e internação.

“As internações hospitalares devem, portanto, serem vistas dentro de uma concepção ampliada de atendimento, que vai desde a assistência primária (em unidades básicas de saúde ou por meio de equipes de Saúde Família) até o atendimento mais especializado nos Centros de Atenção Psicossocial”, afirma o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori.

OS AVANÇOS – Atualmente, a atenção especializada em saúde mental é oferecida no SUS por meio de 1.620 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) implementados em todos os estados. Essa quantidade de CAPS é quase quatro vezes maior que em 2002, quando o país contava com 424 Centros.

“Os CAPS reforçam a rede integrada de atenção em saúde mental. São locais preparados para o cuidado e a reabilitação dos pacientes – inclusive, os dependentes de álcool e drogas – contribuindo para a reinserção desses brasileiros à sociedade”, explica Roberto Tykanori.

As equipes que atuam nos Centros são formadas por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. Só nos CAPS, foram registrados, em 2010, 21 milhões de atendimentos ambulatoriais em saúde mental – 50 vezes maior que a quantidade deste tipo de assistência prestada em 2002 (423 mil procedimentos). Especificamente para crianças e adolescentes, os atendimentos nos CAPS infantis saltaram de 12,2 mil, em 2002, para 1,2 milhão, ano passado.

REDE DE ASSISTÊNCIA – Além dos CAPS, a rede de atenção integrada em saúde mental também conta com os atendimentos oferecidos por meio das Equipes de Saúde da Família (quase 32 mil equipes em todo o país), das Casas de Acolhimento Transitório (CATs), dos Consultórios de Rua e das Comunidades Terapêuticas.

“A concepção de atendimento humanizado e em rede tem como foco o respeito aos direitos civis e à liberdade dos pacientes”, destaca Roberto Tykanori. “Este conceito representa uma mudança de postura, que privilegia o convívio com a família e a comunidade”, completa o coordenador nacional de Saúde Mental.

Na rede hospitalar, estão disponíveis 32.735 leitos. A eles, somam-se outros cerca de dois mil leitos nos CAPS, nas CATs e nas Comunidades Terapêuticas. Todos eles recebem recursos financeiros do governo federal.
Fonte: Ministério da Saúde

quarta-feira, 30 de março de 2011

SARAMPO!!! IMPORTANTISSIMO!

Sarampo bate recorde no Brasil na última década


Após três anos sem casos de sarampo, em 2010 o Brasil bateu o recorde de registros da doença na década. De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 68 casos em três diferentes estados. O mais afetado foi a Paraíba, com 57 deles. Os outros ocorreram no Rio Grande do Sul (oito casos) e no Pará (três casos).  Esses casos são provenientes de outros países, já que ainda existem surtos de sarampo em diversas regiões do mundo.
Depois de análise laboratorial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os 68 registros da doença no Brasil foram de fato classificados como decorrentes de vírus "importados". As notificações do Pará foram do vírus D4 e as do Rio Grande do Sul e Paraíba do micro-organismo B3, ambos similares aos de circulação na Argentina e África do Sul.
Apesar de o país ter solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de eliminação da doença no ano passado, o pedido foi descartado pelo Ministério da Saúde, pois ainda são esperados casos importados da doença.
O Ministério da Saúde indica que, atualmente, a vacina contra o sarampo é a única medida preventiva e também a mais segura. Para isso, é importante assegurar que o esquema vacinal esteja completo. A primeira dose deve ser aplicada aos doze meses de vida, e o reforço entre quatro a seis anos de idade. Todas as mulheres até 49 anos devem ter uma dose da vacina e os homens até 39 anos também devem ser vacinados, independente do histórico da doença.
Fonte: O Povo (via COFEN) e Ministério da Saúde