segunda-feira, 27 de junho de 2011

Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens

Dados de 2007 revelam que o número de partos entre jovens de 15 e 19 anos representa 23% do total de partos realizados. Em relação ao atendimento por agressões e maus tratos no mesmo ano, cerca de 19% dos atendimentos foram em relação às adolescentes entre 10 a 19 anos (dados da Vigilância de Violências e Acidentes - Viva). Em uma análise dos casos de AIDS identificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de 2000 a 2006 eles representam 80% dos casos. Esses são apenas alguns dos exemplos de agravos aos quais adolescentes e jovens estão sujeitos.

Devido à necessidade de ações específicas para reduzir a prevalência desses índices no público juvenil, o Ministério da Saúde, por meio da Área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem (ASAJ/SAS*), elaborou as Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção da Saúde e Prevenção de Agravos e de Enfermidades e na Assistência. O documento foi aprovado na última reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2009 (dezembro). "Embora exista a ideia de que adolescentes e jovens não precisem visitar os serviços de saúde, por serem pessoas saudáveis, esse pensamento precisa ser modificado; os dados já mostram isso", explica a coordenadora da área técnica, Thereza de Lamare.

Com o documento pronto, a área técnica deve promover oficinas nos estados para divulgar as Diretrizes. A medida servirá para aprimorar o atendimento em saúde voltado para esse público. Hoje, o(a) adolescente atendido(a) na rede de saúde recebe a Caderneta de Saúde de Adolescentes, com o objetivo de dar continuidade ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento iniciado na infância, além de prover informações importantes para o autocuidado. Em 2009, foram distribuídas 4,1 milhões de cadernetas pelo país.

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