quinta-feira, 9 de junho de 2011

DIABETES: É POSSÍVEL CONVIVER BEM COM ELA

DIABETES: É POSSÍVEL CONVIVER BEM COM ELA
Você pode nascer com diabetes ou desenvolvê-la ao longo da vida e, por isso, passar a ter uma série de restrições alimentares.Mas pacientes com a doença provam que é possível, sim, conviver com ela de forma natural,se não deixar de lado os cuidados necessários para o tratamento. Hoje, Dia Nacional e Mundial do Diabetes, o alerta vai para quem tem a doença, mas não a controla. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 5,8% da população com 18 anos ou mais tem diabetes tipo 2, o equivalente a 7,6 milhões de pessoas. Também conhecida como diabetes mellitus, essa é a forma da doença que pode ser evitada, mas, muitas vezes, não é, como explica a enfermeira Cláudia Ruas Alves, que é referência técnica em Diabetes da Prefeitura de Vitória. "Alimentação rica em gordura, ausência de atividade física e obesidade são os principais fatores de risco para a diabetes tipo 2, que atinge, inclusive em crianças", diz. Prova de que os cuidados básicos são essenciais é o paciente Gentil Afonso dos Santos, que, aos 56 anos, faz questão de manter as caminhadas diárias e andar sempre de bicicleta. "Pode parecer pouco, mas eu melhorei muito o controle da glicose", conta ele, que participou, ontem, de uma série de palestras promovidas pela Associação de Diabéticos de Vila Velha. Doença não é empecilho. Há sete anos, o jovem Diego Fundão Albuquerque, 20 anos, descobriu algo que mudaria a sua vida para sempre. "Tenho diabetes tipo 1, herdada dos meus avós, que também eram diabéticos. Desde novo aprendi a conviver com restrições e a me cuidar muito", conta. A doença, porém, nunca foi empecilho para o trabalho e os estudos. Pelo contrário: Diego, atualmente, tem dois empregos, faz faculdade de Administração de Empresas e não deixa de frequentar a academia. "Tenho uma vida normal e muito saudável", diz ele, que mora em Vitória.
Tipos: o diabetes tipo 1 é genético e provocado por uma destruição das células que produzem a insulina. Já o diabetes tipo 2 é adquirido por maus hábitos alimentares, sedentarismo, obesidade e excesso de alimentos calóricos e ricos em açúcar
Diagnóstico: o primeiro exame feito para diagnosticar a doença é o de glicemia capilar (teste de glicose). Em Vitória, pode ser feito gratuitamente em todas as unidades de saúde.
Tratamento: varia de acordo com o tipo de diabetes e o perfil do paciente. Em geral, o diabético necessita tomar uma dose diária de insulina, além de não poder comer doces e outros alimentos.
Sintomas: cansaço, emagrecimento repentino, sede excessiva e dificuldade de cicatrização.
Consequências: a falta de tratamento pode levar a complicações, como cegueira, insuficiência renal e derrames.
Superação "O segredo é controlar a doença".
Receber a notícia de que você é diabético não é agradável para ninguém. Imagine o que é ter de tomar remédio, alguns injetáveis, todos os dias, pelo resto da vida, e ter de fazer um controle rígido da alimentação. Doce, nunca mais. Se para um adulto é ruim, para um garoto de 13 anos é ainda mais complicado. Foi esse o meu caso: me descobri diabético em 1999, em plenas férias de verão. Comecei a sentir cansaço em excesso. Minha ficha só caiu quando meu médico me disse que eu precisaria tomar insulina todos os dias. Apoio da família e dos amigos é, sim, muito importante, mas o primordial é encarar o problema. O segredo é manter o diabetes controlado. Para isso, atividade física, alimentação correta, remédios de qualidade e controle diário da glicemia são fundamentais."
Monumentos em azul para lembrar a data. Oitenta monumentos e edifícios do país - entre eles o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a Fonte da Torre de TV, em Brasília - estarão iluminados com a cor azul, hoje, para marcar o Dia Mundial e Nacional do Diabetes. Como slogan "Controle o diabetes já!", a iniciativa quer chamar a atenção dos brasileiros para a importância dos cuidados que podem ajudar a prevenir e tratar a diabetes tipo 2.

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